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O BURACO DA FECHADURA

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Artur Lira é a evolução do fisiologismo na política brasileira


O filho do Biu Lira recorre a “Santíssima Trindade da negociata política” para tentar apelar...


Dia e noite, em entrevistas diversas, ocupando microfones em trocentas emissoras, botando a cara lisa em canais oficiais e apócrifos, lá está o senhor Artur Lira a repetir o mantra do conchavo:


“O governo Lula precisa descentralizar, delegar e confiar”


Esse é o lema do homem forte do Parlamento brasileiro para sustentar excrescências como Orçamento Secreto e todo tipo de lobby, esquemão via Congresso Nacional...


Agora o pé no bucho é pelo Ministério da Saúde.


Quer porque quer “o sangue do povo brasileiro”, literalmente.


O Lira alagoano não inventou o fisiologismo político, longe disso.


Aí que saudade do velho MDB.


Daquela época que tinha o P...


P de Partido, jovens.


A referência máxima política nacional nos 80’s e 90’s de ser centrão, estar na base do governo fosse ele qual fosse apenas exigindo uns Ministérios aqui e otras cositas más.


Um toma lá, dá cá, clássico, sem alegorias, firulas e modernidades pós século XXI.


Mas, está em Artur Lira e sua tropa, sem dúvidas, o máximo expoente desta genuína promiscuidade nacional, a relação espúria entre Executivo e Legislativo.


O reinado de Artur Lira representa a institucionalização do semi-parlamentarismo no Brasil.


Sob a presidência dele, na Câmara Federal, Bolsonaro liberou a chave do cofre e deixou nas mãos dos deputados um orçamento superior ao que o próprio conduzia, enquanto presidente da República.


Um descalabro tupiniquim.


Não sou Aurélio, quiçá Houaiss, mas em tradução simples e miúda, sobre a tríade profana que ele professa, temos:


a) Descentralizar – acabar com o controle de destino orçamentário. Deixar tudo ao “Deus dará”. Fazer do Orçamento brasileiro uma “casa de Noca” (perdão ao léxico). Todo mundo mete a mão na cumbuca e quem tirar mais seja feliz. Pode distribuir a quem quiser, inclusive concentrar nos seus melhores correligionários (amigos, correligionários, papagaio e gatos. Vale também comprar tudo em kits de robótica inflados.


b) Delegar- ato de me dar a minha fração para coordenar (“me dê papai”). Que ela seja acima de nove dígitos para eu distribuir a meus confrades deputados. Eu decido quanto quero, quanto e como vou repartir a meus coleguinhas de parlamento.


c) Confiar- Ninguém questiona método, para onde foi a grana, qual o destino do dinheirinho. Que exista uma consciência coletiva única de que tudo o que Lira Boy quer, junto aos nobre deputados, é o melhor para o Brasil e os brasileiros. “In Lira We Trust”.


Como dito anteriormente, Lira e seus métodos são apenas a evolução, aprimoramento das calhordices do tabuleiro político brasileiro.


O que impressiona é o nível de tramoia atingido.


Lira é “novato” na grande política. Tem “apenas” uma década circulando por Brasília, em seu quarto mandato parlamentar.


Personifica a “fome com a vontade de comer”, máxima tão presente neste universo de poder.


Foi o vetor ideal para recrudescer estas tenebrosas relações.


Mas, a mutreta sempre esteve ali e às claras, vale frisar...


Dia destes ouvi entrevista com um dos mestres desta representação nociva do centrão nacional: Waldemar Costa Neto, presidente estadual do PL (maior bancada federal brasileira).


A fala é uma tradução do xadrez político aqui entre os trópicos.


O velho Wal, despudoradamente, como soi peculiar a esta espécime nacional, o político profissional de carreira, dizia que só não apoiou Lula na última eleição porque não acreditava que ele teria condições legais de disputar o pleito:


-A Gleisi me ligou, mas eu já estava com Bolsonaro, inclusive o trouxe para o meu partido. Não imaginava que Lula se livraria da justiça em tempo.


Ou seja, o líder do partido de Bolsonaro admite, clara e publicamente, que por interesse, apenas pelo seu interesse e de seus pares, é capaz de flutuar entre dois extremos, sem qualquer dor na consciência.


Causa, ideologia, interesse público?? Pra quê??


É na mão destes senhores que segue a nação.


E deixa eu parar por aqui porque tem uma Lei "sabe com quem está falando?" nas portas de implantação.

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