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As fabulosas histórias que ouvi de Célio Taveira (por Eliseu Lins)

Conheci o Célio Taveira primeiro pela sua fama no Departamento de Comunicação de ser um cara que jogou com e contra Pelé e que nessa época cheia de craques fez nome não só no Brasil, mas no exterior, precisamente no Uruguai. Vinte e dois gols em Libertadores. E ele era pai de Camila Taveira, jornalista paraibana radicada em Brasília, minha contemporânea e gente boa do curso.
Depois, já na bancada de produção do Portal Correio, tive oportunidade de entrevistá-lo numa das vezes que concedeu entrevista na rádio CBN. Lá ele me contou sobre como foi a preparação brasileira pra Copa de 66 (quando tudo foi um fiasco). Praquele certame foram convocados 44 jogadores pra levar a metade pra Inglaterra. Célio estava neste seleto grupo, mas não foi convocado. Ele revelou detalhes de como medalhões foram levados mesmo em condição técnica e física de vários outros jovens jogadores, como o próprio Célio, que também jogou pelo Vasco e Corinthians. História fantástica pra um jovem criado bebendo dessa fonte futebolística com voracidade. Isso foi na década passada.
Há uns três anos, tive a oportunidade de participar como representante da minha grande torcida rubro-negra baiana em plena João Pessoa, a Nêgo Jampa, participando do Arquibancada Sol, junto com meu confrade e dono deste espeço, Marcos Thomaz, e junto com LC, Igo e demais participantes ouvimos muitas histórias e eu pude colocar essa história na roda e passamos boas horas ouvindo uma lenda viva que escolheu a Paraíba como lar.
Célio nos deixou hoje vítima do coronavírus. Estava internado no Hospital Metropolitano de Santa Rita. O terceiro maior artilheiro brasileiro em Libertadores. O Nacional do Uruguai prestou todas as homenagens. Merecidamente!!
Texto do amigo Eliseu Lins.