marcosthomazm
AS VÁRIAS FACES DO TERRORISMO BOLSONARISTA

Eles enchiam a boca pra ruminar:
Supremo é o povo!
Estampavam carros, exibiam faixas, fizeram até outdoor com a mensagem.
O mesmo povo, povinho na verdade, que vibrava euforicamente quando o representante máximo da calhordice geral bradava: “a minoria tem que se curvar a maioria!”
Supremo é o povo!
Apenas mais uma frase de sentido esvaziado, esgotada de conceitos por esta turma alienada, aloprada e alucinada.
O povo, na percepção dos tais, refere-se apenas a eles e seus desejos exclusivistas, autoritários.
Fechados em suas bolhas de gás tóxico, enxergam apenas a si.
Bastou perderem a eleição, serem relegados ao papel de minoria, que abandonaram a máxima!
Sempre assim, medíocres, ordinários, ou simplesmente, pobres seres limitados cognitivamente, que são, flutuam, incoerentemente, entre concepções conflitantes.
Passam de um lado a outro da narrativa sem qualquer pudor, quiçá se darem conta do absurdo das teses e incompatibilidade das ideias (nadam em piscina cheia de ratos).
A inescapável imagem clássica do “tiozão, tiazona do zap”.
Pessoas que encontraram na “defesa da Pátria”(e sim, o patriotismo é o último refúgio dos canalhas) um sentido para a sua vida.
Muitos engajados em manter tudo como está, garantir os próprios privilégios, outros apenas movimentando as suas vidas.
A associação estereotipada, a imagem satirizada desta tragicomédia que nos acomete, pode apenas aparentar, mas não é à toa...
Está entre os aposentados um contingente considerável dessa turba.
Pessoas na terceira idade, integrantes da “tradicional família brasileira” e seus valores artificais, superficiais.
Fisgados por elementos comuns como o conservadorismo, defesa da moral, uma mala cheia de preconceitos e tudo o mais, a parte política do discurso é secundária a estes pares.
Basta um rápido olhar sobre os manifestantes de porta de quartéis Brasil afora para vermos a presença maciça deste perfil.
Robotizados, lobotomizados marchando de um lado a outro embalados por hinos nacionais, prestando reverência a pneu, tentando contato com extra-terrestre via celular, se entupindo de fake news.
Mas estes senhores e senhoras da melhor idade são dignos apenas de dó, compaixão aos puros de coração.
O perigo real e imediato está posto e espalhado em outros personagens deste lado obscuro da história brasileira.
O terrorismo bolsonarista deixou de ser apenas uma ameaça, um espectro que se movia à luz do dia, sob olhares de todos e passividade das forças de segurança.
O instinto sanguinário saiu do campo da bravata e, literalmente, ganhou as ruas.
Bomba em caminhão tanque na capital federal.
George Washinton Oliveira foi o mentor e executor do atentado abortado.
George Washinton... Oliveira. Nome de fundador, primeiro presidente americano com sobrenome português dos mais brasileiros, típica da nossa bastardice.
Às favas com os bons modos.
George Washinton, empresário paraense, carrega até no nome nosso provincianismo, cafonice, dissimulação inveterada.
George Washinton, apenas um teleguiado do presidente que arrota patriotismo, mas bate continência a bandeira yankee.
Cada um atentando contra a nação em seu grau e proporção.
Quem vai juntar os cacos? Quem vai recolher as vítimas?
O, figurativamente, ainda líder da nação “não é coveiro”, lembra?
As famílias dos 700 mil mortos na gripezinha da pandemia não esquecem!
George Washinton é um José, Lira, Ribamar, Guedes, Antonio, Olavo, Bolsonaro em cada esquina brasileira.
Eles ainda estão à espreita e prontos para disparar.