marcosthomazm
Calma, jovens! Uma leitura alternativa das pesquisas de intenção de voto

“Ainda se Bolsonaro for filmado explodindo uma creche o exército de minions continuará a marchar por ele”.
A frase e suas variações são pensamentos comuns ao observador, minimamente astuto, do fenômeno bolsonarista.
Eles se movem como uma seita, sempre manipulados.
Em transe, são hipnóticos, estando constantemente sob comando externo, além das próprias capacidades.
“Quais capacidades?” – pergunta o alegórico amigo.
Noves fora maledicências alheias e questões de ordem cognitivas...
Isso serve bem para explicar a pouca oscilação nas pesquisas de intenção de voto presidencial.
“Aff, nem a indicação de perda abaixo do mínimo do mínimo no salário já mínimo, nem pesar no bolso, faz este povo largar o ‘Mito’?”
“E a blasfêmia contra a Padroeira do Brasil? A Santa e os Arcebispos da Igreja Católica, em plena celebração de Aparecida?”
“Ah, mas Bolsonaro não perdeu voto após aquela fala com pensamentos pedófilos?”
Não para todas as questões anteriores.
Se perdeu votos foi residual.
Aqui e ali, uns gatos, digo gados pingados.
Algumas poucas almas que desgarraram, pularam a cerca.
Umas parcas ovelhas, com algum grau de lucidez ainda em meio aquele mar, digo lama, mesmo, de ilusionismo.
Na linha do “nem assim”...
Sequer o tiroteio contra policiais promovido pelo amiguinho do presidente, Bob Jeff apresentou reflexo de grande alteração nas intenções de voto presidencial.
“Mas, a IPEC, Datafolha tem, basicamente, os mesmos dados que as anteriores de ambas, após tantos escândalos em tantas áreas de atuação, algumas até de baixo meretrício?”
Calma, jovens.
As pesquisas indicam uma estagnação, estabilidade de números.
Em linhas gerais, Bolsonaro permanece atrás, em segundo, portanto em vias de perder, logo cumprindo-se a profecia dos deuses e sendo escorraçado do Palácio do Planalto.
Para nossa alegria e bem geral da nação.
Não cresce mais, parece ter chegado no teto e, se tinha alguma expectativa de agregar novos adeptos (indecisos, resistentes a Lula, antipetistas etc), os dados indicam ter auto-sabotado qualquer chance neste propósito.
E esse retrato, hoje, diante da clara constatação que o “bolsonarismo duro”, aquele núcleo “tô com o Mito até pra me f...” é imbroxável e “imovível”, não permitir crescimento é mais que suficiente.
Sem agregar mais votos o projeto de reeleição bolsonarista sucumbe neste próximo domingo, AMÉM!
Relaxa a tensão, mantenha-se alerta, bota o bloco na rua e chega para ver tudo isso ao vivo.