marcosthomazm
CURTINHAS DA COPA 11

"A bença" baiana!
Em 2019, Messi e a Argentina pisaram no Barradão.
O santuário rubro-negro baiano foi sede de treino dos hermanos para a disputa da Copa América no Brasil.
De lá para cá os argentinos ganharam a tal Copa América, após quase três décadas de jejum e, agora, a Copa do Mundo depois de longos 36 anos de “seca”.
Os invejosos irão dizer que, nesta Copa América da foto, exatamente, a Argentina de Messi perdeu, eliminada pelo Brasil.
Mas depois os boludos enfileiraram títulos. E nem quero dizer que isso alegra ao torcedor do Vitória, longe disso. Apenas exalta a mística da Toca do Leão.
Uma água abençoada pelas bandas de Canabrava.
Fato é que, agora Messi já tem todos os títulos em sua prateleira. Falta apenas o baianinho pelo Leão.
O Vitória é Colossal!
Batalha épica
Nem precisa revirar baú para cravar, facilmente, que esta foi a maior final de uma Copa do Mundo de todos os tempos!
Não, necessariamente no quesito técnico mas, em emoção, foi teste para cardíaco!
A França, por exemplo, só entrou no jogo nos 15 minutos finais do tempo regulamentar, mas de forma avassaladora. Dois gols em intervalo de três minutos e Mbapé, sumido até então, surgiu eletrizado, a partir dali.
Por 70% da primeira parte do jogo a Argentina foi, amplamente superior.
Cercava, combatia, encurtava espaços e agredia com intensidade.
Um pênalti convertido por Mbapé, foi a carga fatal a desabar sobre os ombros e dobrar o cansaço dos argentinos.
Depois o empate em um lance genial do próprio Mbapé.
Aí prorrogação e, quando todo mundo esperava um tempo extra sem confronto direto, embate franco, mais, muito mais emoção.
França, com fôlego renovado e qualidade mantida de quem detêm a melhor geração do futebol mundial uma e até duas vezes a frente dos rivais (vide 8 desfalques e nível técnico altíssimo).
Após balançar com os golpes francos (trocadilho sagaz aí), os argentinos se recompuseram e voltaram ao jogo.
Contra-atacavam com perigo na base, principalmente, da vontade.
Daí veio o gol de Messi e nova vantagem Argentina, desta feita a minutos do fim.
Una mano de Dios na taça.
Na sequência, novo empate francês e penalidades para consagrar o goleiro argentino, Emiliano Martinez, que, no último lance da prorrogação já havia feito um milagre com os pés, evocando Casillas no título espanhol de 2010 contra Roben (o arqueiro espanhol, inclusive, foi quem conduziu a taça antes do jogo. “Sinais, fortes sinais”).
Uma partida épica.
Tradução na essência do que é o futebol: variação, imprevisibilidade, duelo tático, genialidade aflorando e desequilibrando, confronto aberto, corajoso, entrega, emocional sendo determinante...
O futebol respira e pulsa!
Duelo de Titãs
Além do jogo mais espetacular de final de copas, esta decisão propiciou ao mesmo tempo ver os dois melhores jogadores da atualidade em confronto.
Podem falar do Benzema, Lewandowski, o norueguês Halland etc.
Neymar... Quem??
Eu ainda considero Messi e Mbapé os mais resolutivos da atualidade.
E foram. O francês sai de uma final com um hat trick e derrotado.
Messi, por outro lado, com dois gols, uma assistência e a condução do time ao longo dos mais de 130 minutos de jogo, aos 35 anos de idade.
Mbapé, com toda sua energia jovial, precisou de menos tempo brilhante para incendiar o jogo.
O francês com 8 gols e o argentino com 7, artilheiro e vice da competição.
A memória só me leva a encontrar paralelo, no duelo entre Roberto Baggio pela Itália e Romário pelo Brasil, em 1994, quando alcançamos o Tetra.
Eram, sem dúvidas os mais decisivos jogadores da época e ambos “carregaram” suas seleções até ali, com Baggio, lesionado, inclusive.
E “Para nossa alegriaaaaa” Romário levou a melhor com Baggio mandando a bola lá no Vesúvio!
Ah, na próxima e última Curtinhas da Copa vem uma gama de curiosidades desta vigésima segunda edição da maior competição esportiva desta e outras galáxias.