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O BURACO DA FECHADURA

rabiscos, escrevinhações, achismos e outras bobagens

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  • Foto do escritormarcosthomazm

ENQUANTO LÁ FORA O MUNDO EXPLODE...



Sinto falta de abraço espontâneo... carinho exacerbado dos que gosto!


Queria aquele rolê aleatório... saídas rotineiras ou programas de última hora. Bastava ir...

Necessito do afago caloroso de quem me apraz...


Tenho abstinência da mesa de bar, da conversa de boteco, da roda de amigos, do copo americano...


Tenho carência de “falar todo e qualquer tipo de irrelevância”, densidades e amenidades com os derrotas ao vivo, juntos!


Me incomoda a privação de Ben, enclausurado em casa!


Quero levá-lo a escola, a pracinha, a padaria... vê-lo correr com outras crianças, apenas...


Desejava o Tom aqui, ao meu/nosso lado por estes dias...


Me preocupo com meus pais, avó, idosos e vulneráveis em geral!


Queria colo de mãe para curar angústias diversas...


A total ausência de futebol me atormenta... vontade incontrolável de ver o Vitória jogar... em qualquer circunstância.


Quando desejo voltar a correr, me exercitar, meu joelho me bloqueia...


Chego ao trabalho e sinto falta até da Redação cheia, da balbúrdia cotidiana, aquela feira suspensa pela atual escassez de colegas com muitos em home office...


Me causa insuficiência não ir ao Aumenta com direito a pré e pós, não reverenciar a música da Paraíba no Palco Tabajara, ou em qualquer outro canto, birosca!


Até séries assisto em profusão, mas tenho lido menos do que gostaria...


Atualizo a playlist musical. Novos sons na caixola e velharias de tempos remotos revisitadas... me animo!


Leio a última notícia/mensagem do B..., me indigno, bato panela, corro para o quintal a gritar homenagens impublicáveis, depois escrevo aqui...


Cozinho, lavo, arrumo a casa, pinto até portão do condomínio, mas o tempo ainda passa devagar...


Abro mais uma cerveja...


Posso enfim dizer que decifrei a célebre mensagem do filósofo Neymar: “Saudades do que a gente ainda não viveu!”


Afinal, ausência é a palavra-chave desses dias... das ruas, da liberdade de ir e vir, da casualidade, da eventualidade, do cotidiano, da normalidade...


Mas há uma tendência também neste tempo de querermos exponenciar a carência de tudo, até do que normalmente não fazemos, queremos ou damos qualquer importância!


É isso! Não esperem de mim romantização, nem discurso de elevação pessoal na privação, imposição, medo etc...


Mas nada melhor que equilibrar a mente, resignar-se, pensar “que bom que estamos vivos podendo nos resguardar” e, sim, haverá futuro... basta fazermos a “lição de casa”, literalmente em casa, vale frisar!


A coletividade agradece e privilegiados os que superarão isso, eu você, ou qualquer outro...é por todos!!


Assim aceito o tédio, contenho as agruras, me resigno à realidade excepcional, me conformo e aceito bem a condição!


#fiqueemcasa

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