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O BURACO DA FECHADURA

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JORNALISMO NÃO É FÁBRICA DE SONHOS (Tabajara debate Hidroxicloroquna)


Mais que responsabilidade social é obrigação do profissional da imprensa desmistificar conceitos, pautar informações em fontes oficiais, embasadas, referendadas, científicas, especializadas e com base em autoridades nos temas.

O Coronavírus deixou as pessoas vulneráveis, vivemos uma excepcionalidade, fenômeno totalmente inesperado em tempos atuais.

O brasileiro na sua tradicional desinformação, desinstrução, somados ao desespero da ameaça a vida se agarra a qualquer coisa. Aí surgem os vendedores de ilusão com soluções fáceis e mirabolantes!

O povo sedento por um elixir, a pílula mágica, vira presa fácil a oportunistas, aventureiros, irresponsáveis, ou meros arrogantes, que querem sobrepor seu conhecimento a métodos rígidos e criteriosos.

É o caso, infelizmente e por exemplo, de alguns médicos que, desprezando absolutamente todos os estudos sérios recentes sobre o uso de hidroxicloroquina no combate ao COVID-19, continuam a defender e fazem campanha pela adoção do medicamento combinado.

Digo isso, sem menosprezar, em absoluto, a importância da observação clínica em todo o processo. E é o médico quem conduz isso, na ponta do processo medicamentoso.

Mas é exatamente aí que surge um contra-senso atroz, pra dizer o mínimo:

-Como integrantes de uma categoria pautada eminentemente na ciência despreza protocolos e diretrizes básicas convencionadas por organizações mundiais, colocando e ampliando o risco a pessoas já suscetíveis??

A alegação de atribuir a sua cura individual a este coquetel é ainda mais surreal, manobra de ilusionista mesmo! Ora, mais de 90% dos infectados se curam/recuperam e nem um décimo deles toma a medicação!?!?! E até um leigo como eu sabe do chamado efeito placebo, daí a necessidade do "teste cego". Além do mais, os estudos revelam que usuários de coquetel de cloroquina registra letalidade 3 vezes superior aos que não usaram a medicação!


Lógico que acredito e zelo pela pluralidade de vozes, pontos de vista divergentes, versões contraditórias para um mesmo tema, mas o fundamento teórico deve reger pautas desta natureza! E, neste caso em específico, o "achismo" de nichos, grupos sociais tem prestado um desserviço a população, de fato colocado pessoas em perigo iminente, contrariando métodos e dados científicos.

Portanto ao bom jornalismo, seguindo as premissas básicas da atividade, cabe sim pautar a sua cobertura, abordagem na informação séria, de fontes avalizadas, longe do barulho, da “grita ignorante” e de interesses estranhos de alguns (tipo a fixação de líderes como Trump, Bolsonaro e Maduro- é, estas controversas figuras eles estão juntas nesta cruzada. Emblemático, não??).

Jornalismo é evidência, não ficção! “Não estamos aqui e alhures” para dourar pílulas, omitir informações, ou seja lá o que for, para atender a interesses e conveniências de alguns (viu senhor Roberto Cavalcanti???). O negacionismo já tentou esconder a própria doença, depois os métodos de contenção da pandemia (máscara, isolamento), agora aparece com uma panacéia e, por tudo relatado, encontra eco popular, com real possibilidade de uso indiscriminado em larga escala (há municípios, inclusive paraibanos, entregando kits com o combinado para ser levado para casa).

Como emissora pública, imbuída em dobro desta responsabilidade da boa e precisa informação com a população paraibana a Rádio Tabajara apresenta hoje, às 12h15, no programa Fala Paraíba, uma ampla abordagem sobre a Hydroxicloroquina aplicada ao tratamento do Coronavírus”. Teremos na bancada a Doutora, professora de Farmacologia da UFPB, Bagnólia Araújo (clique abaixo para ouvir breve fala dela) e o Chefe do Nucléo de Assistência farmacêutica do Governo da Paraíba, Felipe de Oliveira.





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