marcosthomazm
Lulinha, paz e amor... mas com moderação, por favor!

Meu conterrâneo Franciel Cruz já intitulou Lula como “bicampeão mundial de conciliação”.
Então, demos vivas.
Tudo o que o país precisa é de união e um pouco de paz após quatro anos de tormentas, intolerância, ódio destilado do mais alto comando da nação.
Chega de tanto desarranjo financiado pelo líder máximo do país, tanta desordem patrocinada pelo executivo, tanto incêndio produzido em fogo ardente governamental.
Chega pra cá, Lula. Debela essas chamas do caos.
Mas alto lá...
Que saibamos estabelecer as bases da pacificação com limites bem definidos.
Há necessidade de prestação de contas urgente.
E nada há de revanchismo, caça às bruxas nisso.
Nada mais é que justiça, ou além, para evitar que os perigosos atentados democráticos que vivemos nos últimos tenebrosos tempos não se repitam, jamais.
Que, nem mesmo uma sorrateira tentativa, despudorada insinuação de qualquer orgia golpista seja aceita mais aqui, entre os trópicos.
Só no Brasil tamanha petulância é possível após o histórico que já vivemos.
Só aqui se permitiu heroificar aqueles que, por mais de duas décadas, calaram um povo, fizeram mães chorarem e deixaram filhos órfãos, sob a bandeira de "patriotismo e bons costumes".
Tudo culpa do excesso de “pano que passamos”, anistia irrestrita, ou pior, até exaltação in memorian de alguns malditos milicos.
Torturadores, estupradores, homicidas, sádicos de toda espécie, nunca condenados e ainda celebrados:
-Viva o Coronel Ustra, bradou a plenos pulmões na Tribuna do Congresso Nacional, o atual presidente brasileiro.
Argentina, Chile, Paraguai, Bolívia, até o Peru, todos os vizinhos do Cone Sul, que passaram por regimes militares, puniram mais os algozes que o Brasil.
Somos, disparado, o país que menos condenou os excessos do período. Apenas no ano passado, um agente público, alguém da força de segurança foi condenado por crimes na época da ditadura no Brasil.
O reflexo? Estes fantasmas querendo voltar a assombrar. Umas “viúvas’ de ditadores, lambe-botas de militarismo pedindo explicitamente “Intervenção Federal já”.
Calma, não “avançamos o tempo” para 65. A distopia é aqui e agora. Perigo real e imediato.
Punir os calhordas pelos crimes da Ditadura já é utopia, aceito, então que “se aplique o rigor da lei” (aprendi no discurso dos próprios adeptos da “Ordem e Progresso”) ao menos sobre excessos de agora.
Uns tais Pazzuelos participando de atos públicos enquanto militar da ativa...
Ou outros golpismos explícitos de figuras como General Heleno, Villas Bôas e o candidato a vice do Mito, Braga Neto, dentre outras figurinhas condecoradas, cheias de estrelas e pouco espírito democrático.
Esses não passarão mais...
Outra "conciliação" que precisa-se ter muito zelo é com o mercado financeiro.
A primeira sinalização foi dada.
Queda vertiginosa na Bovespa, alta escalada do dólar, apenas porque Lula disse que o teto de gastos não se sobrepõe às urgentes necessidades sociais básicas dos brasileiros.
Se for para o mercado espernear contra justiça social, melhor repartição de riqueza, assistência aos mais necessitados, se cumprirá o principal compromisso de campanha!