marcosthomazm
No “PALCO” com as veteranas do Rock pessoense

Cheguei a Paraíba em 1999.
Logo quis conhecer a cena musical local.
Nem deu tempo de procurar, sequer precisou...
Para meu deleite o cartão de visitas veio em grande estilo: Flávio Cavalcanti, logo na minha primeira calourada.
Tudo em casa.
Festa de Comunicação, berço da banda e meu elo original com este solo Parahyba.
DCE da Mata na UFPB.
RIP!
Quem viveu, viveu...
Tempo bom de calourada raiz e “jeito Decom” de fazer festa, se é que me entendem...
Também tive a oportunidade de, diretamente, organizar uma calourada com Flávio C no DCE , última festa por lá antes de uma proibição que se estendeu por anos.
E quase uma década depois, ainda pude produzir o show de revival dos “veteranos” em uma edição do Festival Aumenta que é Rock.
A primeira preferida banda paraibana.
Um Power pop pegajoso.
Digo tudo isso e constato como sou um old rocker.
E nada melhor que computar o tempo, sonoramente, via referências.
Nesta perspectiva o Palco Tabajara da última semana revirou os baús sonoros e reavivou a minha memória afetiva ao levar a Usina Energisa duas das mais veteranas bandas de Rock n’Roll da cidade (se não as mais antigas em atividade).

Musa Junkie e Dead Nomads, quase 3 décadas de estrada, cada uma e cada qual com seus buracos, “acidentes”, interrupções de jornada, mudanças de “passageiros” etc e tal.
Como há de ser neste terreno árido do independente, “do it yourself”, rock por prazer e coisa e tal.
Bandas formadas ainda na distante década de 90, contemporâneas, exatamente, ao Flávio C.
Transformaram a Sala Vladimir Carvalho, na Usina Energisa, em um túnel do tempo movido a alta voltagem.
Canções do subterrâneo, underground nativo, presentes no imaginário de uma parcela de cinqüentões, quarentões, no mínimo trintões que viveram aqueles tempos.
Sim, mas os “garotos” estão na ativa e levaram na bagagem também novos sons que resistem aos modismos musicais atuais e fincam pé no bom e velho roquenrol.
“Quem ta no rock é pra se f...” diz o lema marginal e resistir, estar na periferia nunca foi problema.
“Nois sofre, pouca gente sabe da jornada, mais nois goza.”
Duas participações “nervosas”, incendiárias, “paulêra” dizia a senhora habitué do Palco Tabajara, presente no projeto do forró ao rap.

Na trajetória, Musa e Nomads também compartilham outra curiosidade: ambas tem na formação dois dos baixistas mais “rodados” da cena.
Somadas as participações de ambos em projetos temporários e fixos se ultrapassa a casa de três, talvez quatro dezenas de bandas locais.
Os mais andarilhos músicos da Paraíba? Talvez.
E com projetos que vão do rock “duro” ao regional, passando pelo brega, samba-rock e otras cositas mas.
Dégner Queiroz , baixista do Dead Nomads e Edy Gonzaga, guitarrista do Musa Junkie.
Sim, Edy guitarrista no Musa, o baixista/vocalista também é Edy, mas esta é outra história de coincidência, que talvez conte em outra ocasião...
O Edy, GUITARRISTA do Musa, é o mesmo guitarrista do Flávio C, que dá a deixa para o começo desta prosopopéia (recebam uma prosopopéia no POGO).
Ele é baixista de ofício, mas curiosamente, nestas duas bandas citadas é guitarrista.
E o que isso quer dizer?
Nada, relaxa aí e curte o Rock made in PB!
Aproveita e saca o Palco Tabajara com estes dois Dinossauros do rock paraibano no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=vQY1clv5EnA Ah e hoje, logo mais tem Palco Tabajara, em clima mais suave, intimista, mas não menos intenso.
Sobem ao tablado da Usina Energisa Lucas Dantas e Vieira (com companhia de Benke Ferraz- Boogarins).
Chega lá e depois não diga que eu não anunciei.