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O BURACO DA FECHADURA

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O masculino Partido da Mulher Brasileira


Recebi uma imagem de um amigo com uma mensagem daquelas: “não sei se você já tem um candidato para Deputado estadual. Esse é o tio de um amigo meu (era um santinho). Não conheço, mas diz ser uma pessoa de bem, do povo, com serviços prestados a sociedade etc e tal.”


Naturalmente, entendi a boa intenção do “brother” em atender a alguém de confiança dele, referendando outro alguém credibilizado pelo terceiro.


Enfim, cumplicidade entre “irmãos” à parte, comigo este negócio de votar por aval alheio não rola e nunca rolou.


Cada qual que crie suas identidades.


Mas esse arrudeio introdutório todo é para falar do PMB.


Sim, o candidato HOMEM a mim apresentado é um postulante a Assembléia Legislativa da Paraíba pelo Partido da Mulher Brasileira.


E este exemplo caseiro, local, passa longe de ser caso isolado.


Na verdade, para esta eleição, a sigla tem dois candidatos homens para cada mulher.


55 homens e 28 mulheres, precisamente.


É isso, amigos.


Uma legenda com Mulher no nome, uma sigla que se define como da Mulher, para a Mulher e nem ali, neste espaço, elas são maioria.


É um descalabro total.


Mas nada surpreendente no país com mais de 53% do eleitorado sendo feminino e menos de 15% de representação de mulher entre eleitas.


Sem falar nas laranjas, candidaturas de fachada que, todos, absolutamente todos os partidos já lançaram para atender a cota de 30% de mulheres.


Como diz a máxima: “cada país tem os representantes que merece”.


Não é por acaso que, aqui, nosso presidente (lá ele, só seu, meu não) se sinta tão confortável em atacar mulheres:


“só não te estupro porque você não merece”


“ela queria me dar o furo”


“você deve sonhar comigo todo dia”


“você é uma idiota”


“mulher deve ganhar menos do que homem, sim”


Sem esquecer da tal “fraquejada” a que ele credita o nascimento da quinta, última e única filha.


Mas o foco aqui é o famigerado Partido da Mulher Brasileira.


Aqui, na boa Paraíba, no exemplo acima, nem tenho nada a desabonar o cidadão. Já basta a situação patética de ser um representante do PMB masculino.


Nem fui além.


Mas esse mesmo PMB tem em Recife um candidato homem ao governo estadual.


Jadílson Bombeiro é o nome do elemento.


Em entrevistas tem soltado pérolas contra vitimismo de negros, pobres e, pasmem, de mulheres em relação a assédio nos ônibus, por exemplo.


Pense numa representação legitimada!!


Mas a cereja do bolo deste partido medíocre é a candidatura de dois Weintraub.


Sim, você não leu errado.


Abraham, o ex-ministro da Educação, aquele tresloucado ex-bolsonarista e seu irmão são candidatos, juntos pelo Partido da Mulher Brasileira.


Mais que isso, são candidatos juntos a deputado federal por São Paulo.


Isso mesmo, os dois Weintraub, o mais famoso, chamado de judeu-nazista e o “Weintraubzinho”,

Arthur concorrerão ao mesmo cargo, simultaneamente.


E o movimento não é por cisão, ruptura, desavenças não.


Tudo estratégico.


A família Weintraub entende que, no caso deles, a suspeita por divisão de votos, representará soma e ambos serão catapultados a Câmara Federal, em Brasília.


E o laboratório de cobaia para esta experiência masculinizante será o Partido da Mulher Brasileira.


Parabéns aos envolvidos.

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