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O BURACO DA FECHADURA

rabiscos, escrevinhações, achismos e outras bobagens

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“O REI ESTÁ NU”- Quando Bolsonaro e seu governo foram desmascarados publicamente


Ele foi o primeiro integrante técnico do governo a enfrentar publicamente o presidente Bolsonaro!


Sua saída explicitou ao mundo a estratégia do governo brasileiro em ocultar, escamotear e, a depender da circunstância, até fraudar dados oficiais para atender aos seus interesses...


Ricardo Galvão era diretor do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) quando assistiu ao presidente Jair Bolsonaro desqualificar dados sobre desmatamento na Amazônia apresentados pelo órgão que dirigia...


O líder da nação dizia que aqueles números, além de não representarem a realidade, “trabalhavam contra o Brasil”...


Era agosto de 2019 e a resposta do então diretor do INPE foi enfática, chamando o presidente de covarde pelas declarações impróprias de quem “parece estar num botequim” e não tem respeito por quem produz ciência no Brasil!


Aquele episódio descortinava a faceta mais absurda desse governo nacional: o completo desprezo pelo conhecimento/saber e a capacidade mais abjeta de distorcer a realidade para legitimar o que quer fazer acredita, defende ou representa escusamente!


Basta lembrarmos que, em termos práticos, após esse episódio seminal com o diretor do INPE, já foram alijados do governo Bolsonaro técnicos de áreas cruciais como, por exemplo, o Ministério da Saúde. Luiz Mandeta e Nelson Teich foram os dois médicos retirados da função de ministros, ou forçados a sair, por se recusarem a abrir mão de orientação básica de procedimento como o isolamento social, ou pior, por não aceitarem “empurrar goela abaixo” da população o elixir presidencial “Cloroquina”. Para o lugar de ambos permanece o eterno interino, Eduardo Pazzuelo, um militar sem qualquer vinculação a área de saúde, portanto perfeito as preferências do presidente Bolsonaro...


A medida de asfixiar conceitos técnicos, ou que contrarie os interesses de Bolsonaro, foi aplicada com ainda mais contundência no Ministério da Justiça. A mão de ferro presidencial foi utilizada com vigor para proteger filhos em investigações conduzidas pela Polícia Federal no Rio de Janeiro. Para alcançar esse objetivo, o presidente teve que tratorar o então ministro da Justiça, Sérgio Moro, que, neste caso específico resistia às investidas de ingerência, mesmo tendo sucumbido a hierarquia conveniente em outras ocasiões...


Mas voltando ao meio ambiente...


Bem, mesmo sem Galvão no INPE, o crescimento das queimadas da Amazônia segue acentuado e sendo destaque além das nossas “cancelas” nacionais: não foi o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, quem sugeriu “passar a boiada??” Pois ela já está fazendo barulho mundo afora e “o Brasil faz muita chama, acende labaredas, mas não consegue criar cortina de fumaça para o que salta aos olhos” (recursos para fundos de investimento em preservação cancelados, produtos agropecuários vetados etc). Apenas as primeiras faíscas do grande fogo atiçado aqui abaixo dos trópicos...


O físico e engenheiro Ricardo Galvão deu entrevista exclusiva a Rádio Tabajara sobre as leituras que faz da sua saída do governo após um ano do episódio. Se você não pôde acompanhar ao vivo, pode conferir na íntegra, clicando no link abaixo, o bate papo dele com os jornalistas Ivyna Souto e Petrônio Torres no programa Fala Paraíba. Para conferir o melhor da programação da Rádio Tabajara basta acessar o podcast da Rádio nas principais plataformas de streaming.




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