marcosthomazm
O vazio existencial dos bilionários

Deu a louca nos bilionários.
Esta galera, que “tem tudo e não tem nada”, resolveu aloprar de vez o próprio vazio existencial.
Depois do “mergulho para a morte” dos exploradores, agora dois figurões do mundo digital, talvez os homens mais influentes da atualidade, se provocam para uma luta de MMA.
Mark Zuckerberg, dono da porra toda, do Facebook ao Whatsapp e Elon Musk, proprietário do Twitter, estão se cutucando para entrarem em uma jaula e lutarem.
Outro bilionário padrão, daqueles que não perdem o “Time” já viu na ocasião uma grande chance de faturar.
Dana White, dono do UFCen, campou a ideia e disse que esta será a maior luta de todos os tempos.
Difícil crer que as provocações dos magnatas das redes sociais não seja apenas bravata e autopromoção comum a esta espécime.
Embora eu custe a duvidar de qualquer excentricidade deste povo cheio da nota!?!
Principalmente, quando a tal aventura envolve cifras elevadíssimas.
"Tem gente que é tão pobre que só tem dinheiro."
A máxima popular serve, perfeitamente, pra definir os bilionários da hora.
Poder ter tudo, materializar qualquer sonho parece criar nesta “casta” de privilegiados uma inesgotável busca pelo intangível.
Como meninos mimados estão sempre insatisfeitos, insaciáveis.
Os “passageiros da agonia” do submersível, no fundo (sem qualquer humor mórbido) sabiam, literalmente, o “salto no escuro” que estavam dando.
Assinaram termo de responsabilidade que, explicitamente citava morte por três vezes no documento.
Havia sido tornado público questionamentos de autoridades e órgãos competentes sobre a segurança do equipamento.
O que aparentava espírito aventureiro está mais para auto-eliminação.
Se os dois dos mais famosos bilionários da hora entrassem no octógono para valer (nada de Telecatch) o instinto auto-destrutivo dos homens de nove dígitos se confirmaria como um sintoma da nova era.
Uma tendência da pós-modernidade.
Não que eu deseje a morte de ninguém, jamais.
Mas honestamente, em escala global, socialmente, a quem, fora a si próprio e seus herdeiros faz bem a existência de bilionários?
Essa é uma das grandes excrescências da humanidade.
Como afirma, diariamente, Tom, meu filho:
-Bilionários não deveriam existir, jamais.
O que contribui a humanidade alguém ter tanto enquanto tantos morrem de fome?
De fome...
Sim para alguns viverem nababescamente,outros penam em busca do básico de se alimentar.
Óbvio que está equação não está certa.
E sim, liberais de plantão, a riqueza desmesurada de uns está diretamente relacionada a miséria de outros.
Seja por exploração direta, ou por contigência do mercado, afinal dinheiro não é infinito.
É assim que gira a roda gigante do capitalismo.
E pra ficar ainda melhor, no mundo perfeito, deveria haver um tratado universal, intergaláctico que determinasse que o maior percentual da fortuna destes abastados, após a morte, fosse para a coletividade.
De uma só tacada se reduziria desigualdade social no mundo e manteria união familiar, evitando disputa sangrenta por bens entre filhos, cônjuges, amantes, cachorro, gato e papagaio.
Olha o caso do Gugu aí...
Não tem pintinho amarelinho que caiba em tantas mãos sedentas assim.
É filho brigando com mãe, irmã com irmão...
Um pandemônio caseiro.
Enquanto divago em utopia a realidade me puxa de volta com a notícia que um empresário brasileiro de 30 anos fez um testamento deixando todos os bens para o bilionário Neymar Júnior.
O cidadão, de bem claro, alega ser super famíli e alvo de difamação, assim como o astro, a quem prefere doar todos os bens ao invés de deixar para o governo, ou familiares de que não gosta.