Por que choras, Botafogo??
Que rio de lágrimas é esse do Botafogo e botafoguenses??
Depois acham ruim a fama de chorões.
Como era a musiquinha? “E ninguém cala esse chororô ô...”
Alto lá, ô nervosinho da Fúria.
Eu e meia banda do Brasil sabemos dos prejuízos históricos e maldição que acomete o time da Estrela Solitária após a era gloriosa de Nílton Santos, Garrincha, e outros tantos, basicamente.
Mas, já diria o sábio China, lá na beira do campo, no finado Caio Martins: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”.
Até entendo o receio, “pé atrás”, ceticismo do torcedor do Botafogo acerca do título, outrora virtualmente definido.
Mas, vocês estão perdendo para vocês mesmos, ó sofredores!?!
Essa síndrome de perseguição e campanha “Contra Tudo e contra todos” é de uma forçação sem tamanho.
Está ridículo do lado de cá, sinceramente.
Estão tão desesperados, amedrontados com a repetição cíclica histórica do fracasso, que sequer conseguem analisar os fatos, friamente.
A última foi uma "chorumela" em um jogo que venciam por 3x0, tiveram um pênalti a favor quando estava 3x1 e tomaram uma virada vexatória em 15 minutos.
Até o dono de General Severiano e quase toda a praia de Botafogo, quiçá do futebol brasileiro, perdeu as estribeiras.
O tal John Textor, completamente desequilibrado, chamou a atuação do árbitro de roubo, apontou corrupção, xingou os pais da nação e pediu até a cabeça do presidente da CBF!
Uau...
Aliás, “gringo” adora posar de ético, sóbrio, civilizado no Brasil, mas não perde uma oportunidade de usar este discurso falso-moralista a seu benefício.
Alguns, obviamente.
Reparem como se exasperam e sempre recorrem a questões estruturais, estigmas da nossa famigerada formação para legitimar seus excessos e equívocos, ou arvorar vantagem própria.
Vide o próprio Abel Ferreira, que tem isso como boa estratégia de desviar foco.
Outro conterrâneo lusitano também se valia desta artimanha na beira do campo, um senhor com nome de Messias, o Jesus da Gávea.
Mas voltando ao American boy...
Que o senhor considere exagero a expulsão do zagueiro (maior foco das lamúrias), ok, mas achar absurda a expulsão, não. Jamais. Vários especialistas pensam igual. Pior, o Textor disse que sequer seria falta.
O seu destempero foi acompanhado por toda a cúpula alvinegra. Massagistas, roupeiros, comissão técnica, segurança, gato, papagaio, até o cachorro Biriba seguiu a indignação colérica e hostilizaram a todos até quase às vias de fato.
Constrangedor, mais que isso, bárbaro, selvagem, sílvicola, senhor Textor.
Um papelão para quem exige moralização e profissionalização do futebol tupiniquim.
Daí seguiu-se a amplificação do choro e ranger de dentes por todo o estádio, ecos de soluções, engasgos de norte a sul do Brasil.
O youtuber botafoguense mais famoso destas bandas, Felipe Neto, fez côro e usou suas redes para reviver o infantil personagem que despontou, nacionalmente falando de vampiros e lobisomens.
Deu vida a fábula da perseguição.
Patético.
Isso tudo sem falar no primeiro grande episódio desencadeador de toda esta patifaria.
Os botafoguenses se indignaram contra um óbvio adiamento de partida, causado exatamente por problema estrutural de um equipamento que pertence a ele...
Explico, o jogo entre FortalezaXBotafogo, pela 29 rodada foi adiado pela CBF, conforme determina o regulamento da competição de escala entre jogos.
E o calendário ficou apertado, exatamente porque o Estádio Engenhão, administrado pelo Botafogo apresentou problemas elétricos insanáveis, que causou interrupção de jogo anterior entre BotafogoxAthlético-PR.
Ou seja, um erro provinciano, amador de uma tal gestão modernosa, causou toda esta baderna, mas a narrativa impressa é de transferência de responsabilidade.
Puro oportunismo e choroô!
O futebol brasileiro é caótico, o Brasil é colapsal, mas muitos estrangeiros que aqui chegam e se estabelecem adoram se valer dessa desestrutura global para tirar proveito próprio e discursar sobre uma moral imoral.
Isso somado a um terreno fértil para teorias da conspiração e afins é prato cheio.
