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O BURACO DA FECHADURA

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"Quem disso usa, disso cuida"- o exemplo de João Azevedo


No país dos privilégios, onde “quem pode, pode” o exemplo, raramente, vem de cima, porque via de regra, “o de cima sobe e o de baixo desce”.


No topo da “casta” dos favorecidos estão homens que determinam a condição, aplicam, ou negam direitos e possibilitam, ou vetam acesso de todo um povo a serviços básicos.


São eles, os políticos brasileiros que simbolizam, personificam o imaginário comum dos senhores acima do bem e do mal.


É neste país que se avolumam projetos de Lei como, por exemplo, que filhos de políticos com mandatos sejam obrigados a estudar em escolas públicas, ou que os próprios representantes do povo se submetam a tratamento e uso de serviços públicos de saúde.


Quase a totalidade, claro, medidas demagógicas, para promover o autor da proposta.


Muito barulho por nada.


Fato é que, além de qualquer imposição, vem da Paraíba o exemplo prático.


O governador João Azevedo talvez tenha sido o primeiro chefe de Estado brasileiro a utilizar serviço público de saúde em alta complexidade estando no cargo máximo estadual.


Não estou me referindo a uma intervenção para desencravar unha, teste do pezinho, nem exame de ultrassom para gerar foto de jornal (referência de velho), apelo popular e curtidas nas redes sociais.


O governador paraibano se submeteu a intervenção cardíaca no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, a referência do serviço público estadual para o setor.


Um procedimento coronariano, por mais simples que seja, historicamente, realizado por autoridades maiores e menores em outros centros clínicos, de outras praças.


Nem precisa ir muito longe.


Este ano, na remota Cacimbas, aqui mesmo em solo paraibano, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade uma Lei para o Poder Público pagar cirurgia de Angiosplatia Coronária ao prefeito, Nilton Almeida, mesma intervenção feita pelo governador paraibano.


Fatalmente, em complexidades envolvendo coração, cérebro e órgãos vitais assim, se recorria a unidades renomadas paulistas como o Incor, Hospital das Clínicas, ou o Israelita Albert Einstein, oásis da convalescença dos abastados brasileiros.


Esta ação incomum do senhor João Azevedo diz muito sobre a empatia do próprio gestor em se colocar lado a lado do próprio povo nos direitos e condições, usufruindo da mesma estrutura e recursos humanos que oferta aos seus.


Mais que isso, é uma inequívoca demonstração de confiança no sistema público de saúde da Paraíba, estado periférico, longe dos grandes centros e das referências elencadas em alta complexidade.


É um atestado de vida, extra-oficial, muitas vezes mais valoroso do que decretos oficiais em um país em que o legal muitas vezes é menos credibilizado pelo povo do que o que este vivencia.


E o governador João Azevedo fez tudo isso sem o oportunismo padrão de transformar uma sensibilidade do olhar comum aos enfermos (no caso ele) em objeto de capitalização política.


Coube ao povo e imprensa a leitura do gesto tal qual ele representa.

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